sábado, 22 de janeiro de 2011

Palavras, valem o que valem?parte1

As palavras valem o que valem diz-se muitas vezes… até eu mesmo me identifico com esta expressão porque acredito que seja verdade; sempre procuro escolher as palavras que melhor exprimem o que realmente quero transmitir. Por outro lado, penso também que as palavras adquirem um valor único dependendo do contexto em que estão inseridas, ou até dos lábios que as proferem. Basta imaginarmos duas cenas possíveis; a primeira consiste num pai muito presente na vida de seu filho, companheiro de brincadeiras, nos trabalhos de casa, etc… quando promete ao filho que no fim-de-semana irão jogar futebol no Parque da Cidade, se ele se portar bem durante o tempo que passar em casa dos avós. A segunda cena consiste num individuo de boa aparência, bem vestido e com um discurso cuidado que se apresenta perante um multidão prometendo melhores condições de vida e subida nos salários se votarem nele, claro… Nos dois casos foi usado o verbo “prometer” com vista a um benefício em troca de uma tarefa anterior, no entanto, certamente o filho vai levar em consideração com seriedade (à qual ele já está acostumado) a promessa do pai; quanto ao segundo individuo, certamente irá receber alguns ou até muitos votos mas, no fundo, não será pelas certeza que quem o escolher tem em que vá cumprir as promessas que fez (partindo do principio que se enquadra no estereótipo de políticos que conhecemos).
É impossivel ignorarmos o “peso” das palavras em determinadas situações; a palavras “ vida” proferida numa cerimónia fúnebre e numa sala de partos de uma maternidade certamente ganha contornos e provoca reacções diferentes.
Também é difícil ficarmos alheios à “memória” que as palavras trazem impregnada; toda a história de um povo, de uma região, de uma comunidade, de uma vida…
Assim, uma palavra pode querer dizer isto, isso ou aquilo, dependendo se sou eu, tu ou ele que a proferirmos!
As palavras são imprescindíveis no nosso dia-a-dia: acordamos com palavras, vamo-nos deitar com palavras, almoçamos e jantamos juntamente com as palavras e até nossos sonhos são tecidos em palavras.
Para que ocorra uma boa comunicação, é necessário, entre outras coisas, um bom uso das palavras, para isso parece-me pertinente a importância da definição de conceitos. Este é um processo que vai ocorrendo de forma informal com os que nos rodeiam; aos poucos aprendemos o que cada palavra representa para cada uma das pessoas que interagem connosco de forma mais contínua e profunda. No entanto, no âmbito da investigação, parece-me que esta importância assume lugar prioritário para todo o desenrolar do processo. Assim sendo, com o objectivo de tornar a mensagem o mais clara possível para todos, desde o inicio é necessário procurarmos descrever cada conceito da forma mais simples porém detalhada que formos capazes. Para que à medida que estes conceitos forem sendo apresentados ao longo da exposição ou leitura, todos possam estar em sintonia quanto ao que nós como autores, pretendemos transmitir, para que a mensagem chegue com qualidade, sem ruídos…

Este foi um texto que redigi para uma cadeira do doutoramento reflectindo dobre o valor das palavras...
Durante a redação do texto só me ocorria que a Palavra maravilhosa de Deus é tão preciosa, simples, clara, porém profunda, eficaz, capaz de transformar vidas, apontar o único caminho para a vida!

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